dezembro 13, 2009

A virtualização do texto, do livro O que é o virtual? ** Pierre Levy**


Por: Beatriz Lorena ( Nada além da minha própia verdade )

Resenha do Texto: A virtualização do texto, do livro O que é o virtual? De 1996, escrito por Pierre Levy. Título original, Qu’est- Le que Le virtuel? Traduzido por Paulo Neves.

Pierre Lévy é de família judaica, professor titular da cadeira de pesquisa em inteligência na Universidade de Ottawa, no Canadá. Membro da Sociedade Real do Canadá (Academia Canadense de Ciências e Humanidades). Graduou-se em História e pós-graduou-se em Sociologia e História das Ciências. Tem mais de 10 livros publicados, grande parte traduzida para o português, esteve diversas vezes no Brasil, onde palestrou e deu entrevistas. Defensor convencido do cunho fundamental desempenhado pelas técnicas de comunicação e pelos "sistemas de signos" na evolução cultural em geral, pensar a “revolução informática”. Suas principais obras: As árvores de conhecimentos,1995 (em co-autoria com Michel Authier); O que é o virtual?,1996; A ideografia dinâmica: para uma imaginação artificial?,1997; A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial?,1998; A máquina universo: criação, cognição e cultura informática.1998; Cibercultura, 1999;A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço,2000; A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência, 2001. Ciberdemocracia.2003.

Abordando seguintes temas, a leitura, ou a atualização do texto, a escrita, ou a virtualização da memória; a digitalização, ou a potencialização do texto; O hipertexto: virtualização do texto e a virtualização da leitura; O ciberespaço ou a virtualização do computador; A desterralização do texto e Rumo a um novo impulso cultural. O autor explicitará a leitura em sua dimensão amórfica, desconstruindo conceitos de formas, sentidos, tempo, espaços, autorias, gêneses, identidades e cópias, apresentara os desafios do leitor ao construir a obra em co-autoria com o autor. A princípio será um exercício delirante entende-lo, entretanto pouco a pouco ele desvendará mitos capazes de provocar no leitor uma releitura de seus conceitos mais intrínsecos.

Relacionando a leitura e sua plasticidade, de um ponto de vista pedagógico trará alivio para os leitores, que ao ler, compreendem menos e criam mais. Demonstrando como desde sempre o texto como ferramenta multifacetada de comunicação, é virtual. Interpretação e interatividade serão os pontos chaves dos conceitos de leitura tecidos por Levy. Refletindo sobre aspectos da virtualização agindo sobre a cognição dos leitores, a percepção do mundo por meio de signos acontecerá quando vemos , ouvimos e lemos assim nos constituímos.

Para o autor o virtual só e possível com a nossa subjetividade, a interação entre homem e tecnologia, a digitalização e vista como um canal que viabiliza diferentes maneiras de ler e compreender os textos. O hipertexto possibilita a leitura também como ação de escrita, partindo de uma óptica de leitura-escrita coletiva. Os véus do certo e do errado do determinismo caem, fora do solo fértil do ciberespaço. Segundo Levy, computador faz parte dos aparatos tecnológicos, contudo é além, é uma ferramenta potencializadora das informações. E com os desdobramentos entre virtualização e as atualizações feitas na apropriação do leitor sobre o texto, a subjetividade não será o mais do mesmo, agora o mesmo transforma-se em mais, full time. Levy afirma que a troca de experiências torna-se ainda mais volátil, reduzindo ou até mesmo extirpando barreiras.

A digitalização proporcionando uma leitura dinâmica, situando o leitor em uma oficina de criação livre, podendo haver diferentes pontos de partida e nunca um ponto de chegada, navegando e recriando. Sem dúvida não só para leitores desavisados, como para educadores alertados, a degustação deste texto permitirá uma perca e um encontro acerca do desenvolvimento da sociedade contemporânea. Os questionamentos e apontamentos apresentados não admitiram nenhum distanciamento virtualização como parte integrante na formação cidadã. Cabe um apontamento não ao texto, e sim a indicação contida na folha de rosto do livro: “A fotocópia de qualquer folha deste livro é ilegal, e configura uma apropriação indevida dos direitos intelectuais e patrimoniais do autor.” A meu ver o autor, considerou que a foto copia é Legal, devida e contemporaneamente correta, bem, caberá a cada um ter suas próprias conclusões sobre o caso após a leitura.

dezembro 08, 2009

Pense e Dance cada vez mais ...

Sorriso in vitro, significa a forma como vejo as coisas. Tudo que esta no vitro fora de um organismo, tende a ser manuseado, parece que nossas ações e reações são sempre inventadas, manipuladas por nós e pelo mundo. No maior estilo Pense e Dance do Barão Vermelho, adoro essa música, eu vou falar do que eu curto, muito provavelmente do pouco que sei, para fiar esta malha alucinógena. Arte, Educação, Cinema, Cultura, Rock.... regadas com uma pita mega de opinião pessoal, nada além de tudo isso remexendo no SORRISO IN VITRO, bem vindos ao meu caldeirão!!!!

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